terça-feira, 23 de novembro de 2021

A parábola do rico e lázaro


A parábola do rico e do Lázaro (Lucas 16:19-31) é usada para divulgar o engano dos pagãos acerca da imortalidade da alma e do sofrimento eterno. Muitos ignoram o contexto filosófico da cultura greco-romana a que os judeus do primeiro século se submeteram. Crenças como; dualismo, imortalidade da alma, separação do corpo e da alma na morte, o sofrimento eterno da alma no “Inferno”, tais crendices faziam parte de uma cosmovisão que era popular no judaísmo rabínico pós-exílio, sob a influência dos persas e dos gregos, o pragmatismo Judaico construiu parábolas, ou lendas acerca do pensamento filosófico da alma e do seu sofrimento e da vida pós morte.

“As vestes do leproso, em quem está a praga, serão rasgadas, e os seus cabelos serão desgrenhados; cobrirá o bigode e clamará: Imundo! Imundo! Será imundo durante os dias em que a praga estiver nele; é imundo, habitará só; a sua habitação será fora do arraial.” (Lv. 13:45, 46)

Quem acredita na imortalidade da alma sugere que ao morrer, o corpo fica aqui, na cova, enquanto a alma entra de imediato no céu se for boa ou no inferno se for má, pensando assim rejeitam cegamente o que a bíblia diz, Pois como poderia o rico ter “levantado os olhos” (23) e pedido que Lázaro molhasse a ponta do dedo para lhe refrescar a língua?

A única forma de um morto receber o tormento da condenação, ou sendo justo, entrar no paraíso é através da ressurreição, o que o habilitará para que em corpo, alma e espírito receba conforme o bem ou mal que tiver feito.

“Porque importa que todos nós compareçamos perante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o bem ou o mal que tiver feito por meio do corpo.” (2Co5:10)


“E, além de tudo, está posto um grande abismo entre nós e vós, de sorte que os que querem passar daqui para vós outros não podem, nem os de lá passar para nós” (Lucas 16:26). Moisés e os profetas representam a mensagem de Deus aos homens, sendo a única forma de conhecermos e nos aproximarmos de Deus.  Muitos até usam esta parábola como argumento em defesa do julgamento imediato após a morte, sendo assim incompatível com a doutrina da segunda vinda de Cristo, a ressurreição e o julgamento final. Jesus apresentou essa parábola aos fariseus e publicanos, os quais eram presos às tradições judaicas. 

Pai Abraão.

“Pai Abraão, tem compaixão de mim”, aqui o rico, usando do privilégio de ser judeu, usa de prerrogativa ao chamar Deus de Pai e assim comover e atrair as atenções de Deus. Pois pelo contexto cultural o mesmo tinha o direito ao pertencer ao povo de Deus, como “Povo Escolhido”

1º) O pobre morreu e foi levado pelos anjos para um lugar de honra junto de Abraão. 

2º) O rico morreu também e foi enterrado, (Sheol, Hades), na sepultura, na cova.

A riqueza não é objeto de condenação e nem a pobreza uma garantia de salvação, mas as atitudes sim, elas podem facilitar ou ser motivo da perda da salvação.

Em outras palavras: o rico morreu feliz e cercado de luxo, mas cego espiritualmente, pois a riqueza lhe proporcionou tudo de bom e do melhor em sua vida.  Enquanto que Lázaro em sua vida, certamente desejava ter o mínimo de dignidade e saúde, vemos que na parábola, ele alcançou a justiça de Deus e foi recompensado na vida espiritual, mas o rico, ficou no vazio da vida espiritual, onde a falta de Deus, lhe causou tormentos indescritíveis.

O Contexto da Parábola.

Jesus menciona os profetas que foram ante deles como prova de que essa parábola era um “Ditado” antigo, ou parábola já usada pelos antigos judeus. Aqui Ele reforça a ideia da Lei nessa parábola como uma lei universal a ser cumprida. E de como devemos administrar nossas vidas. “22 E aconteceu que o mendigo morreu e foi levado pelos anjos para o seio de Abraão; e morreu também o rico e foi sepultado”. Aqui vemos a forma de como os mesmos foram tratados, um de forma triunfal e o outro rejeitado e desprezado.

O Contraste entre a riqueza e a pobreza.

Ora, havia um homem rico, e vestia-se de púrpura e de linho finíssimo, e vivia todos os dias regalada e esplendidamente. 

Havia também um certo mendigo, chamado Lázaro, que jazia cheio de chagas à porta daquele.  E desejava alimentar-se com as migalhas que caíam da mesa do rico; e os próprios cães vinham lamber lhe as chagas.

Disse-lhe Abraão: Eles têm Moisés e os Profetas; ouçam-nos. 30 E disse ele: Não, Abraão, meu pai; mas, se algum dos mortos fosse ter com eles, arrepender-se-iam. 31 Porém Abraão lhe disse: Se não ouvem a Moisés e aos Profetas, tampouco acreditarão, ainda que algum dos mortos ressuscite.


Pastor Adilau

Igreja Evangélica Assembleia Universal

Referências:

Fontes Pesquisadas. https://www.bibliaonline.com.br/Lucas 16:19-31

Fontes Pesquisadas: http://bibliaportugues.com/Lucas 16:19-31


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