caso, aos hebreus dispersos pelo Império Romano, descrevendo as condições sociais e religiosas e ao mesmo tempo o autor apresenta uma visão panorâmica da mensagem. Essa Epístola apresenta uma contribuição em seu contexto onde serve de elo entre o antigo e o novo testamento, objetivando explicar minúcias da revelação de Cristo, revelando por meio de Cristo Jesus, respondendo alguns questionamentos como, a extinção do antigo sacrifício e o estabelecimento de um novo, único e perfeito sacrifício – o de Cristo; a extinção do sacerdócio humano que foi substituído pelo sacerdócio de Cristo, perfeito, universal e eterno. Essa epístola revela também o propósito da vida espiritual perseverante mediante o exercício da fé.
Para familiarizarmos com essa epístola e necessário entendermos alguns aspectos, como; Quem escreveu e para quem escreveu, a data dos escritos e por quê foi escrita?
Nesta epístola Cristo é apresentado como advogado que junto ao Pai exerce um tríplice ministério;
a) Como intercessor no céu: Deus manifestou seu filho, Jesus Cristo. Hebreus 1.1
b) O intercessor que está diante de Deus: O filho efetuou a nossa redenção. Hebreus 1.3
c) O intercessor que permanece junto ao Pai: O filho de Deus voltou ao céu após completar a obra de redenção, onde está intercedendo por nós. Hebreus 1.4
a) Como intercessor que desceu do céu: Os sacrifícios da antiga aliança, antigo testamento, foram estabelecidos por Deus e eram simbólicos, portanto desprovidos do poder de purificação e redenção, mas recebidos como se fossem perfeitos, sendo que tais sacrifícios oferecidos pelos judeus eram aceitos pela fé em Deus na esperança de um melhor sacrifício que estava por vir, pois era impossível que sangue de touros e bodes pudessem tirar os pecados. Hebreus 10.4.
b) O intercessor que está junto ao trono do Pai: O Sumo Sacerdote o qual era escolhido por Deus como o representante e responsável para interceder pelo povo e oferecer os sacrifícios, era um homem pecador, “Que não necessitasse, como os sumos sacerdotes, de oferecer cada dia sacrifícios, primeiramente por seus próprios pecados, e depois pelos do povo”. “Porque a lei constitui sumos sacerdotes a homens fracos”. Hebreus. 7.27,27”, pois o mesmo era obrigado oferecer primeiramente um sacrifício em favor de si mesmo e por seus pecados e somente depois é que o mesmo poderia oferecer o sacrifício pelo povo. “Porque nos convinha tal sumo sacerdote, santo, inocente, imaculado, separado dos pecadores, e feito mais sublime do que os céus” hebreus 7.26.
c) O intercessor que permanece junto ao trono do Pai: O Escritor declara na epístola que os sacrifícios dos sacerdotes no culto levítico eram imperfeitos, portanto provisórios até ser substituído pelo sacrifício perfeito, “Porque, mudando-se o sacerdócio, necessariamente se faz também mudança da lei”. Hebreus 7.12.
Os primeiros leitores da bíblia.
A carta aos Hebreus foi destinada exclusivamente a um grupo de cristãos os quais estavam sob perseguição dos seus próprios patrícios, os judeus, sendo então escrita e enviada na última metade do primeiro século da nossa era, contendo as seguintes ás seguintes divisões, onde compreenderemos melhor o alcance da mesma.
1) Cristãos judeus: O judaísmo era uma religião oficial e para abandonar era até impossível, pois não era patriótico abandonar a sinagoga e as tradições e o legado de família em troca de novas crenças, onde os mesmos permaneceram fiéis por séculos e sendo fiéis aos sacerdotes e aos rituais de culto. Já o povo Hebreu era de uma moral elevadíssima e eram fiéis a Deus antes mesmo de se tornarem cristãos, isso é uma prova de que nem todos os que se achegam a cristo provém do paganismo, pois Deus salva os religiosos também.
2) Cristãos perseguidos: Quando essa carta foi escrita já existia muitos cristãos sofrendo perseguições e tendo suas propriedades confiscadas, além do isolamento social que sofriam e as sérias dificuldades financeiras, visto que muitos perderam seus empregos por viverem num mundo hostil aos seguidores de cristo, mas os hebreus não haviam resistido até o sangue. (Hebreus. 12.4 - 13.3).
3) Cristãos despontados: Muitos daqueles que a princípio aceitaram o cristianismo, foram perseguidos, logo perderam o ânimo. (Hebreus 5.12,13), isso ocorreu porque os mesmos negligenciaram o conhecimento pela falta de fé e por isso naufragaram na vida espiritual quando foram perseguidos, onde os sacerdotes os pressionaram usando a lei como argumento, e assim os sacerdotes afirmava que Deus não poderia mudar as leis e os costumes dado ao profeta Moisés e por que Deus ordenaria os sacrifícios para depois aboli-los, essa epistola foi a resposta para os cristãos Hebreus.
O propósito da Epístola.
Despertar a fé na comunidade, seguindo os seguintes princípios:
a) Mostrar a Superioridade de Jesus Cristo.
b) Advertir os cristãos sobre o perigo da apostasia.
c) Estimular a perseverança na fé.
1) A Superioridade de Cristo: Esta epístola expõe os métodos Divinos para reanimar os crentes fracos através do registro da revelação de Cristo por meio do conhecimento.
2) Advertência contra a apostasia: O autor descreve o perigo da apostasia e da rejeição a Cristo como Senhor e Salvador e de ultrajar (blasfemar) contra o Espirito de Deus (da Graça). Hebreus 10.31. O autor também destaca outras advertências como:
a) Contra a Salvação.
b) Contra o Conhecimento da Palavra de Deus.
c) Contra a tolerância de pecados na vida cotidiana.
Estimulo a perseverança.
Por ter sido dirigida ao um povo propenso ás apostasia, isto é, abandono da fé em Cristo, essa carta é um compêndio de advertências para a conservação do progresso espiritual por parte do crente, por isso a mesma fala das fraquezas dos seus primeiros leitores que eram os judeus convertidos como também da proteção de Deus e da intercessão de Jesus Cristo. “Pois, naquilo que ele mesmo sofreu, tendo sido tentado, é poderoso para socorrer aos que são tentados. ” (Hebreus 2.18).
Autor e data da Epístola.
O autor desta carta ainda é mistério, mas indícios demonstra que o mesmo era bem conhecido, provavelmente era um judeu-cristão, uma vez que o mesmo se identifica com seus leitores (Hebreus. 2.1; 3.1; 8.1), pois tem um conhecimento notável da religião judaica, o autor descreve uma viagem com Timóteo, pois é mencionado em um contexto em Roma. (Hebreus 13.23).
Paulo um suposto autor:
a) Referência a Timóteo como companheiro. (Hebreus 13.23).
b) Conceitos idênticos: “O justo viverá pela fé” Hebreus 10.38
c) A tradição da igreja.
d) Pedro argumenta que Paulo escreve muito difícil de entender: (2 Pedro 3.15,16)
e) Grande conhecimento das leis judaicas.
Existe aqueles que são contra os argumentos acima citados:
a) Pois afirmam que o livro não cita o nome de Paulo, nem suas saudações que são elementos encontrados em todas as suas cartas.
b) O estilo empregado na escrita.
c) A identificação do mesmo como Apostolo dos gentios (2 Timóteo. 1.11), enquanto que essa epístola foi dirigida aos Judeus (Hebreus).
Outros Possíveis autores:
a) Lucas: Os “Pais da Igreja” declararam que Lucas escreveu tal epístola por influência do apostolo Paulo.
b) Barnabé: Era judeu e companheiro de Paulo e Timóteo nas viagens missionárias.
c) Apolo: Por ter sido escrita no grego, muitos afirmam ser o Apolo pois o mesmo era um pregador eloquente do evangelho. (Atos. 18.24), “Poderoso nas Escrituras”
Data da Epístola.
Escrita entre os anos 64-70 d.C. data essa pois o templo de Jerusalém ainda não havia sido destruído na época em que foi escrito, (hebreus 10.11), pois assim que o templo foi destruído no ano 70 d.C. Todos os sacrifícios foram cessados, onde o versículo que descreve a prisão de Timóteo em Roma indica que a epístola foi escrita depois do ano 64 d.C. sendo que até essa data não há registros de sua prisão em Roma (Hebreus 13.23), sendo que a data provável dessa epístola está entre o ano 64-70 d.C.
Esboço da Epístola.
Comparações da Revelação Divina da Epístola.
1) Revelação dada por meio dos profetas e anjos e a Revelação que veio por Jesus (Hebreus 1.2)
a) Doutrina: Cristo é superior aos anjos (Hebreus 1)
b) Advertência: Não negligencie a Salvação (Hebreus 2.1-4)
c) Estímulo: Somos membros da família de Deus (Hebreus 2.5-18).
A Oferta de Moisés e a Oferta de Cristo (Hebreus 3; 4.13).
a) Doutrina: Cristo é Superior a Moisés (Hebreus 3.1-6)
b) Advertência: Não abandonem o repouso que Cristo nos oferece. (Hebreus 3.7 – 4.11)
c) Estímulo: Considerem a Palavra de Deus como viva e eficaz. ( Hebreus 4.12,13)
A Ordem Sacerdotal segundo Aarão e o Sacerdócio de Cristo. (Hebreus 4. 14- 7.28)
a) Doutrina: O Sacerdócio de Cristo é superior ao de Aarão (Hebreus 4.14 – 5.11)
b) Advertência: Alcancem a maturidade espiritual (Hebreus 5. 12 – 6.8)
c) Estímulo: As promessas de Deus são firmes e fiéis (Hebreus 6.9-20)
4) O antigo concerto com seus rituais e sacrifícios e o Novo Concerto com sacrifício único e eterno (Hebreus 8.10-31.
a) Doutrina:
O Novo concerto é superior ao antigo (hebreus 8)
O Novo concerto é superior ao antigo (hebreus 8)
Comparação entre o dia da expiação e seu cumprimento em Cristo (hebreus 9)
Comparação entre o sacrifício transitório do antigo testamento e o sacrifício eterno
de Cristo (Hebreus 10. 1-18).
A escolha entre dois caminhos, da fé e o das obras:
a) Doutrina. O Caminho da fé é superior. hebreus 10.32 - 11.40.
b) Estímulo. Agora somos filhos de Deus. hebreus 12.1-13.
c) Advertência. Escolham o monte certo (Monte Sião) e não o errado (Monte Sinai), nem rejeitem a palavra de Deus. Hebreus 12.14 -29.
d) Exortação. Concernente á maneira de viver a doutrina certa e como se portar diante do Supremo Pastor. Hebreus 13.1-25.
Pr. Adilau Vieira da Costa
IGREJA EVANGÉLICA ASSEMBLEIA UNIVERSAL.
REFERÊNCIAS:
Fonte pesquisada: http://bibliaonline.com.br
Fonte pesquisada: http://bibliaemportugues.com.br.
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REFERÊNCIAS:
BOYD, Frank M. Epistola aos Hebreus. Rio de Janeiro: Escola Bíblica Bereana, s/d
DAVIDSON, F.O. O Novo Comentário da Bíblia. (Vol. I) São Paulo: Edição Vida Nova 1976.
HALLEY, Henry. H. Manual Bíblico. São Paulo: Edições Vida Nova, 1971.
HOBBS, Herschel. A carta aos Hebreus. Rio de Janeiro: Juerp, 1958.
INGLEBY, João. Aos Hebreus: Cristo É Melhor: Curitiba: Instituto e Seminário Bíblico Irmãos.
TURNBULL, Ryerdon. M. Estudando os Livros de Levíticos e Hebreus. São Paulo: Casa Editora.
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