sábado, 13 de novembro de 2010

CONTRADIÇÕES OU ERROS BÍBLICOS?


Procura apresentar-te diante de Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade.(II Timoteo 2.15). Somos constantemente confrontados com questões que aparentemente apontam para alguma discrepância entre alguns relatos bíblicos, são questões que os mesmos colocam em dúvida a validade do cristianismo e da Bíblia. Os Céticos fogem das Verdades e das exigências bíblicas procurando destruir sua autoridade e sua autenticidade, dizendo que a mesma contém erros e por isso não confiam na integridade da mesma. Portanto a curiosidade, a investigação e soluções sugeridas são certamente apropriadas ao estudar os problemas da Bíblia, sendo feito com a devida confiança e sem suspeitas. Algumas afirmações da bíblia podem diferir entre si sem serem contraditórias.
 Algumas pessoas não sabem distinguir entre contradição e diferença, algumas afirmações não se negam, mas são complementares. A Bíblia é uma unidade onde cada parte necessita da outra para se complementar. Sabemos também que o tempo influencia muito em um relato histórico. Lucas inicia seu relato dizendo “por em ordem segundo nos transmitiram os mesmos que presenciaram desde o principio, e foram ministros da palavra”. provando que ele ouviu de testemunhas e depois escreveu. Outro exemplo marcante é o caso da morte do Rei Saul. Este, morreu lançanddo-se sobre sua própria espada (II Sm 31.4); no entanto o amalequita que trouxe a notícia de sua morte, mentiu dizendo que fora ele quem matara Saul ( II Sm 1.6-10). O que aconteceu ai, foi o registro da declaração do amalequita, não significando que a Bíblia minta. Suas declarações não foram inspiradas por Deus, e sim o registro delas.
Os Dez talentos  de Mateus 25.14-30, é o mesmo de Lucas 19.11-27, que diz Dez minas.

(Mateus 25. 15,16,17,18) a um deu cinco talentos, a outro dois, e a outro um, a cada um segundo a sua
capacidade; e seguiu viagem. O que recebera cinco talentos foi imediatamente negociar com eles, e ganhou outros cinco;  da mesma sorte, o que recebera dois ganhou outros dois;  mas o que recebera um foi e cavou na terra e escondeu o dinheiro do seu senhor.
Se observarmos cuidadosamente, Em Mateus, vemos apenas 8 (oito) talentos distribuidos, e onde está os outros dois talentos. enquanto Lucas fala de Dez minas,vemos também uma diferença na distribuição, Mateus diz que o primeiro ganhou cinco talentos, e negociou ganhando mais cinco, o segundo ganhou dois, negociou e ganhou mais dois, Mas em Lucas o primeiro ganhou cinco, e negociou ganhando mais cinco, o segundo  dize “Senhor  a tua mina rendeu cinco minas. Erro ou contradição nos dois últimos?.
Vemos em primeiro lugar que são dez servos, dez minas, ou dez talentos. Poderíamos afirmar que por economia Mateus e Lucas não cita os outros setes, e simplesmente menciona os três primeiros para ilustrar a obediência dos dois e o descaso do terceiro quanto a obra de Deus. Esta parábola trata do serviço Cristão no mundo. “Talento” é diferente de “Capacidade”, pois no ver. 15, diz, ele dá a cada homem “segundo” a sua própria capacidade, talento representa oportunidades para usar a nossa capacidade de servir a Cristo.
Judas se enforcou ou se arrebentou pelo meio.
(Mateus 27. 5) E tendo ele atirado para dentro do santuário as moedas de prata, retirou-se, e foi enforcar-se.
(ATOS (cap. 1.18) (Ora, ele adquiriu um campo com o salário da sua iniquidade; e precipitando-se, caiu prostrado e arrebentou pelo meio, e todas as suas entranhas se derramaram.
De fato os dois relatos são diferentes,mas não se contradiz, mateus diz que judas se enforcou, e Pedro diz que ele caiu de joelhos e arrebentou-se pelo meio. Para um corpo arrebentar-se pelo meio caindo de uma arvore, deveria estar em adiantado grau de putrefação, isto é podre, poderíamos também dizer que o galho da arvore poderia ter-se quebrado e o corpo ter caído em um precipício dilacerando o corpo. Esta última possibilidade é perfeitamente natural quando examinamos o terreno do vale de Hinon. Do alto do vale podemos ver terraços rochosos de mais ou menos de 10 a 15 metros de altura e quase perpendiculares, e também existe arvores que crescem em volta do precipício em um piso rochoso no alto, portanto é fácil concluir que Judas ao cair colidiu contra as rochas tendo o seu corpo dilacerado, conforme o relato do apostolo Pedro.
Mateus não cometeu um engano ao atribuir uma profecia a Jeremias. Quando na verdade ela foi proferida por Zacarias?
(Mateus 27. 9 ) Cumpriu-se, então, o que foi dito pelo profeta Jeremias: Tomaram as trinta moedas de prata, preço do que foi avaliado, a quem certos filhos de Israel avaliaram,
(Zacarias 11.12,13) E eu lhes disse: Se parece bem aos vossos olhos, dai-me o que me é devido; e, se não, deixai-o. Pesaram, pois, por meu salário, trinta moedas de prata. Ora o Senhor disse-me: Arroja isso ao oleiro, esse belo preço em que fui avaliado por eles. E tomei as trinta moedas de prata, e as arrojei ao oleiro na casa do Senhor.
Logo após Mateus ter feito o relato sobre Judas, o mesmo cita o verso nove, atribuindo a profecia ao profeta Jeremias, examinando de perto a luz de Zacarias, vemos que essa profecia foi cumprida. Mas porquê ele atribui essa profecia a Jeremias?
Eusébio, o Historiador da Igreja, afirmou que os judeus tiraram essa passagem do livro de Jeremias, mais isso dificilmente contradiz com o modo como as Escrituras são reverenciadas pelos Judeus, quando os mesmos achavam um erro óbvio, ele se recusavam a alterar o texto. Em vez disso, eles faziam uma anotação à parte. Uma explicação possível é a prioridade de Jeremias no Talmude (Baba Bathra 14b,J.B. Lightfoot, Horaes Hebraicae et Talmudicae, II, 362). Na antiga ordem rabínica dos livros proféticos, Jeremias era colocado em primeiro lugar. Então Mateus estava se referindo à coleção dos livros dos profetas e citou Jeremias, visto ser ele o primeiro e portanto o identificador. Uma explicação assim para um problema como este é que no Novo Testamento não é citado em lugar nenhum o nome genérico “Jeremias”. Quando Mateus em qualquer outra parte, referindo-se a Jeremias, ele cita a passagem ( 2:17), e quando ele cita Isaías ele vai às passagens em Isaías ( 4:14; 8:17; 12:17 etc.).
Poderíamos também dizer que Mateus está combinando duas profecias, uma de Jeremias e outra de Zacarias, mencionando apenas um autor de referencia, a saber Jeremias, o profeta maior. Jeremias cita que o Senhor mandou ele comprar um campo. ( Jr 32:6-8). Enquanto Zacaria acrescentou os detalhes das 30 moedas de prata e o dinheiro atirado ao chão do templo. Assim podemos ver que mateus tomou o detalhe de ambos, citando apenas um.
As Genealogias de Jesus apresentadas por Mateus e Lucas não são contraditórias?
Analisando minuciosamente os dois relatos, vemos uma grande diferença nos registros. A primeira vista, tem-se a impressão de que ambos os relatos estão traçando a linha de ascendência de Jesus através de Seu pai terreno José, e neste caso estamos diante de uma contradição óbvia, porque Mateus 1:16 diz que Jacó é o pai de José, enquanto Lucas 3:23 nos diz que Heli é o pai de José. Uma das soluções viáveis é compreender que Mateus de fato está traçando a linhagem de José, mas Lucas a de Maria. A razão de Maria não ser mencionada em Lucas 3, é pelo fato dela ter sido chamada de mãe de Jesus em várias situações. A prática entre os judeus é dar o nome do pai, avô, etc, da pessoa em questão, por esse fato, Lucas seguiu esse padrão, contudo, Lucas logo acrescenta que José, na verdade, não é o pai de Jesus, visto que Jesus teve um nascimento virginal ( Lc 1:34). Uma tradução literal de Lucas (Lucas 3.23 )Ora, Jesus, ao começar o seu ministério, tinha cerca de trinta anos; sendo (como se cuidava) filho de José, filho de Eli. De modo algum, não significa que Jesus era filho de Heli, mas que Jesus era descendente por parte de sua mãe , de Heli, assim Lucas esta dando os antecedentes de Jesus através de sua mãe Maria, que era descendente de Heli. O nome de José é mencionado de acordo com a prática normal, descrito como suposto pai de Jesus e Deus como o verdadeiro Pai. O objetivo das duas genealogias é demonstrar que Jesus era, no sentido pleno, descendente de Davi. A través do seu pai de criação José, Ele herdou – por Lei – a linhagem real, enquanto através de sua mãe ele era descendente do rei Davi, em carne e osso. Assim Jesus tinha as credenciais certas para o trono de Davi.

Pr. Adilau
Igreja Evangélica Assembleia Universal.

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